DEPRESSÃO – PERIGO REAL
Ontem vivenciei uma situação que me deixou abalado.
Encontrei um amigo que não via há muito tempo, estando
ele completamente deprimido. Perguntei o que estava ocorrendo e ele disse que
havia se separado e que estava mal.
Abracei o amigo e procurei confortá-lo da melhor maneira.
Conversamos por algumas horas e consegui animá-lo um pouco.
Analisando a situação dele vejamos: a esposa, filha única
de uma abastada família europeia, que imigrou para o Brasil na década de 50,
sempre teve tudo, estudou nos melhores colégios, formou-se em química, fez
mestrado e pós-graduação em NY onde se conheceram.
Ele fazia pós graduação em NY, mas às custas de muito
sacrifício, sendo de família humilde. Os dois se apaixonaram e casaram-se
depois de dois anos.
O pai da noiva promoveu uma esplêndida festa, no salão de
um clube da alta sociedade paulista, comparecendo parentes da noiva do EUA, da
Europa, os quais proporcionaram uma lua-de-mel para os noivos de 45 dias pela
América do Norte e continente europeu. Voltaram para um magnífico apartamento
no Morumbi, presente dos pais à noiva.
O casamento durou um ano e meio. Por quê acabou ?
Segundo o meu amigo porque a esposa era uma executiva
excepcional, mas como dona de casa e esposa deixava muito a desejar.
Segundo a ótica
dela o marido não sabia entendê-la e dar a ela o que desejava. Talvez nem ela
própria soubesse o que desejava, isso porque o seu casamento nunca foi totalmente
aprovado pela matriarca da família e depois de seis meses de casada passou a fazer
terapia com um psicólogo, por sugestão da genitora.
Essa terapia, pelo que percebi na conversa com meu amigo,
em vez de ajudar só atrapalhou a vida do casal. Para piorar as coisas ele foi
despedido de uma multinacional que cortou despesas e dispensou os executivos
que ganhavam mais.
Dessa triste história da vida real tira-se a seguinte
conclusão: não adianta dar tudo aos filhos se o principal, que é a formação da
sua personalidade não for estimulada satisfatoriamente, bem como, antes de
casar os noivos tem que procurar conhecer e aceitar as falhas e necessidades do
outro, caso contrário não há relação que subsista.
Cotia, 15 de dezembro de 2014.
GILBERTO BARB OSA DA SILVA
A d v o g a d o
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