A CORRUPÇÃO ESTÁ GLOBALIZADA
A mídia hoje destaca relatório da OCDE sobre corrupção
transacional envolvendo 440 casos em 41 países, dos mais diversos níveis,
envolvendo 164 empresas e 263 pessoas. O relatório abrange um período de 15 anos, de 1999 a 2014.
A maior incidência de corrupção é no setor petrolífero,
depois a construção civil, sendo que no primeiro a porcentagem pode chegar a
21% e no segundo gira em torno de 4% do
valor total do contrato.
Em 14 anos foram impostas punições no valor total de 5,4
bilhões de dólares, com multas, confisco de bens e ações indenizatórias. A
maior punição foi realizada pela Alemanha contra a Empresa SIEMENS (a mesma que
denunciou as “mutretas” no metro de SP), no valor de 1,6 bilhão de euros.
Contra uma só pessoa maior punição foi no valor de 149 milhões de dólares.
O país que mais puniu suas empresas, inclusive por
corrupções praticadas no exterior, foi o EUA com 128 casos. A Alemanha vem sem
seguida com 26 casos concretos, a Coréia do Sul com 11 casos, a Itália, a Suíça
e o Reino Unido com 6 casos cada um.
Uma investigação nesses casos dura em média sete anos, podendo
se estender dependendo da complexidade e tamanho da corrupção, como seria o
caso do Brasil, talvez.
O Brasil assinou em 2000 como signatário da Convenção de
Combate à Corrupção, promovida pela OCDE, sendo esse mais um motivo para que as
investigações em andamento na Petrobrás não “acabem em pizza” e os
envolvidos respondam efetivamente por seus crimes. É Isso que o Brasil deseja.
É isso o que o país merece.
Percebe-se, claramente, que a CORRUPÇÃO É GLOBALIZADA. Onde
há poder econômico há corrupção. O diferencial está na punição efetiva que
existe nos outros países e aqui não.
Temos que acabar com
esse impunidade criminosa e repugnante que impera hoje no Brasil e que
envolve os poderosos que causam tanto
mal ao país, não só em termos financeiros, mas principalmente em termos éticos
e morais.
Cotia, 09 de dezembro de 2014.
GILBERTO BARBOSA DA SILVA
A d v o g a d o
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