O
JOGO DO PODER
Em qualquer lugar do mundo onde houver
interesse econômico haverá disputa pelo poder. O dinheiro, a ambição, o poder e
a corrupção estão sempre juntos, associados, interligados, de uma forma perene
e indestrutível.
No Brasil o jogo do poder está cada vez mais
acentuado, isso porque o governo federal está preocupado com o Presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que está sendo bombardeado por acusações
de corrupção e pode, em desespero de causa, para não morrer afogado sozinho,
querer levar a Presidente junto, no caso aceitando os pedidos de “impeachment”
que estão aguardando sua análise.
A situação chega a ser tragicômica, isso
porque o deputado Eduardo Cunha está sendo pressionado por seus pares a
renunciar à presidência da casa por causa das acusações de ter recebido 5
milhões de dólares, do dinheiro desviado
das PETROBRAS. Outros deputados da oposição protocolam petição pedindo a
cassação do mesmo por FALTA DE DECORO PARLAMENTAR, isso porque ele MENTIU ao
declarar na CPI que não tinha contas na Suíça, sendo que o MP daquele país
informou nosso MP que eles tem mais de uma conta e que o dinheiro lá depositado
já foi devidamente bloqueado (alguns milhões de reais).
A Presidente já encarregou seus assessores de
promover sua defesa prévia (ou antecipada) junto ao STF para impedir o
andamento dos pedidos de “impeachment”, tendo já conseguido uma liminar
favorável.
O cidadão comum, aquele que trabalha
honestamente e paga suados impostos para manter toda essa parafernália, para
não dizer outra coisa que a boa educação não permite, não consegue entender
como tudo isso funciona, já que perante pessoas sérias, dotadas de bom sendo,
dotadas de moral, todos eles deveriam ser processados, julgados e presos. Mas o
SISTEMA tem meandros legais que somente os privilegiados, que podem pagar advogados caríssimos e que
sabem explorar as lacunas da lei, é que conseguem manter essa situação
esdrúxula que aí está, um verdadeiro “balaio de gato”, sendo que o único perdedor,
como sempre, é o POVO.
Cotia, 13 de outubro de 2015.
GILBERTO BARBOSA DA SILVA
A d v o g a d o
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