O SILÊNCIO
DOS INOCENTES
A história mundial está repleta de exemplos
do mal que pode causar o silêncio daqueles que podem e devem se manifestar em
determinadas ocasiões.
Na década de 30 a Alemanha vivia um clima de
frustração e revolta face às humilhações que lhe haviam sido impostas pela
França e aliados na 1ª. Guerra Mundial, através do Tratado de Versalhes. Disso
se aproveitou Hitler e seu pequeno Partido Nazista para insuflar a maioria
silenciosa contra os judeus, ciganos, homossexuais, e outras minorias,
provocando nova comoção mundial que tirou a vida de 6 milhões de judeus e cerca
de 60 milhões de vidas ao redor do mundo.
O EUA viviam um depressão violenta após o estouro
da Bolsa de NY em 1929, mas com a 2ª. Guerra Mundial empenhou-se na fabricação
e fornecimento de armas e produtos aos aliados, sendo o único país que saiu
rico dessa contenda, tornando-se uma das superpotências mundiais, junto com a
Rússia que, por seu lado, desde 1917 vinha enfrentando uma Revolução Bolchevique,
mudando seu regime imperial para o comunismo,
que custou a vida de mais de 20 milhões de pessoas.
A China, a partir de 1949 também fez uma Revolução
e implantou também o comunismo/socialismo, fazendo um expurgo durante anos que
também ceifou a vida de cerca de 70 milhões de chineses.
Todos esses fatos ocorreram com o SILÊNCIO
DOS INOCENTES, ou com a omissão da maioria passiva que a tudo assistia calada.
Hoje assistimos, via WEB, a decapitação ou execução de
inocentes pelo EI (terroristas do Estado Islâmico) no Oriente Médio, ataques a
jornalistas em Paris (Charlie Hebdo), massacre na África pelo Boko Haran,
também realizados por extremistas religiosos que dizem agir em nome de Deus,
mas que na realidade não seguem preceitos de religião alguma, a não ser a
crueldade sem limites para atingir e manter o poder a qualquer custo.
Todos esses exemplos tornam evidente o que
disse um famoso sábio no início o século passado: “NÃO ME PREOCUPO COM O BARULHO
FEITO PELOS HOMENS MAUS E SIM COM O SILÊNCIO DOS HOMENS BONS”.
E o pior de tudo isso é que uma nação inteira pode pagar um preço muito
alto pelos estragos feitos por uma minoria que se aposse do poder e o mantenha
através de um sistema corrupto e com a omissão ou silêncio dos inocentes.
Cotia, 13 de fevereiro
de 2015.
GILBERTO BARBOSA DA
SILVA
A d v o g
a d o
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