O PROBLEMA
HUMANITÁRIO DOS REFUGIADOS
O Brasil teve um belo gesto humanitário ao
abrir as portas para imigrantes sírios que fogem da guerra civil em seu país.
A Síria está em conflito armado há mais de
quatro anos, sendo que já morreram em razão disso mais de 230.000 pessoas, um
terço crianças como o menino Aylan Kurdi, com 3 anos de idade, mostrado sendo
carregado por um policial após ter se afogado na travessia do mar tentando
fugir da guerra e encontrar alguma esperança num outro país.
Alguns países encaram o problema dos
refugiados pela ótica econômica, pensando que eles serão um fardo para seu
país, inclusive disputando o mercado de trabalho e assistência social com seus
nacionais.
A Alemanha pretende gastar em 2015 a quantia
de 3.3 bilhões de euros para integrar os refugiados. Eles são recepcionados e
colocados em centro onde ficarão um ano aprendendo a língua alemã e recebendo
um subsídio durante esse período. Atitude louvável perante a maioria da
comunidade da U E que age com xenofobia e pensando que os refugiados serão um
problema onde forem.
Estamos diante da pior crise migratória desde
a 2ª. Guerra Mundial,, sendo que este ano já deixaram seus países no Oriente
médio e Norte da África cerca de 365.000 pessoas. Tentando atravessar o Mar
Mediterrâneo morreram 2700 pessoas somente este ano.
O Tráfico Humano em razão disso está rendendo
para os traficantes cerca de 300 milhões de euros por ano. Eles cobram 3.000
euros para acomodar um refugiado no convés de um barco pesqueiro para fazer s
travessia em direção à Grécia ou Itália.
Na Turquia 1.9 milhão de sírios aguardam uma
solução para eles. No Líbano existem mais um milhão de refugiados na mesma
situação. 40% deles tem como destino a Alemanha, 18% Hungria, 8% Itália e
França, e 6% Suécia, sendo que 12 milhões de sírios deixaram suas casas por
causa da guerra (metade das população).
A ONU precisa de US 4.5 bilhão para socorrer
os refugiados, mas só recebeu 1.6 bilhão. 12% dos refugiados são mulheres
grávidas e um terço crianças.
A Hungria está preocupada com sua população
cristã diante dos refugiados muçulmanos. A Eslováquia só recebe refugiados
cristãos. A República Checa marcou os
refugiados com números, como os nazistas, o que gerou muitas críticas a respeito.
A Polônia está preocupada com integrantes do EI entrando disfarçados no meio
dos refugiados. Em Passau (Alemanha) civis, estudantes, voluntários e ONGS
estão auxiliando os refugiados que lá chegam.
Como se percebe esse problema da imigração de
refugiados que fogem da guerra, da fome, da perseguição religiosa, é um
problema mundial, pois suas consequências não tem fronteiras, não adiantando
muros para detê-la. O que pode resolver são atitudes positivas a respeito de toda
a coletividade internacional, principalmente da ONU que foi criada justamente
para isso.
Cotia, 06 de setembro de 2015.
GILBERTO BARBOSA DA SILVA
A d v o g a d o
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