IGUALDADE NO PAPEL
Um trabalhador brasileiro recebe um salário
mínimo de $788,00 mensais por seu trabalho duro e muitas vezes cruel, com o qual
deverá conseguir sobreviver. Trabalha e contribui para o INSS por 35 anos para poder se aposentar com uma renda ridícula.
Um
deputado federal recebe $26.723,13, mais uma ajuda de custo de $1113,46, mais uma Cota Parlamentar de
$33,010,31, mais auxílio moradia de $1533,33, ( duas vezes o salário mínimo
nacional) mais uma verba de gabinete de $78.000,00 para manter 25 funcionários,
mais pagamentos de viagens, despesas médicas ilimitadas.
Um deputado federal custa para nós
$140.620,00 por mês, $1.792.164,24 por
ano. Os 513 deputados federais custam $72.738.107,25 por mês e $919.380.252,63
por ano, ou seja, esses nobres parlamentares nos custam cerca de um bilhão de
reais por ano, e não pagam Imposto de Renda.
Além disso eles tem carros e motoristas à
suas disposição, aposentam-se com cerca de oito anos de mandato, tem cursos
especiais pagos por nós (!) (curso de que, como defender de verdade os nossos interesses
e nãos os deles ?).
A Constituição brasileira diz “que todos são
iguais perante a lei, independente de
cor, raça, credo, condição social...”.
PERGUNTA:
analisando o acima exposto gostaríamos de saber onde está a tão
propalada IGUALDADE DE TODOS, em direitos e obrigações. Na realidade essa
igualdade é pura utopia, hipocrisia e retórica para políticos.
O governo federal está falando há dias sobre
cortar despesas e os senhores parlamentares tem participado, com o seu
costumeiro “jogo de cena”.
Se os Poderes da República simplesmente
cortassem algumas mordomias absurdas e revoltantes, como ficou exposto acima, faríamos
economia de bilhões de reais por ano.
Para isso basta um “mea culpa”, dignidade e
vontade política, que serviria de belo exemplo para o sofrido e descrente povo
brasileiro.
Cotia, 19 de setembro de 2015,
GILBERTO BARBOSA DA SILVA
A d v o g a d o
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