sábado, 29 de agosto de 2015

NEM SEMPRE CONSEGUIMOS EXTERNAR NOSSOS SENTIMENTOS.

                                                 NUANCES  DO  AMOR

                        Estava lendo jornal na cozinha quando minha neta adolescente chegou da rua com uma amiga. Como sempre, ela veio, abraçou-me, deu-me um beijo (selinho) e disse: “TE AMO”.
                        Horas depois ela comentou comigo que sua amiga havia ficado impressionada com  o carinho percebido entre nós dois. Sua amiga também disse que na casa dela todos se amavam e respeitavam, mas o tratamento era muito frio e  distante.
                        Diante disso comentei com minha neta que esse tipo de procedimento era muito comum, isso porque as pessoas estavam mais preocupadas com o ter do que com o ser. As pessoas estão muito materialistas e menos espiritualistas, razão dessa frieza e distância entre a humanidade.
                        Esquecem que a vida é muito curta e imprevisível. Não sabemos o dia de amanhã, não sabemos se vai dar tempo de dizer: “TE AMO”.
                        O amor, o carinho,  a solidariedade, devem ser praticados sempre, a qualquer hora, em qualquer lugar, de qualquer forma. Isso faz bem  para quem pratica, para quem recebe e até para quem percebe.
                        Outro dia almoçava fora e percebi,  numa mesa ao lado no restaurante,  uma adolescente comunicando-se com o irmão, que estava na mesma mesa, através de mensagem ao celular. Os pais estavam totalmente alienados ao que se passava em volta, retratando a situação de muitas famílias da atualidade.
                        Essa alienação e essa falta da pratica do verbo amar está afetando muito a nossa sociedade que cada vez mais esta robotizada, necessitando de sentimentos e não de mais tecnologia.
                        Mas a mudança dessa situação compete a cada um de nós, temos que impor limites e manter muito diálogo com nossos filhos e netos, somente assim podemos reverter essa situação de desamor, transformando-a num caminho suave e feliz,  cheio de ternura.
                                   Cotia, 29 de agosto de 2015.

                                   GILBERTO BARBOSA DA SILVA
                                               A d v o g a d o

                        

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