DISCUSSÃO SOBRE
GÊNERO E O G L B T
Está em discussão nas Câmaras Municipais o
tema sobre GÊNERO para elaboração do Plano Municipal de Educação. Esse debate é
muito profundo porque envolve aspectos universais, culturais, sociais, políticos,
classe social, raça, etnia, geração, devendo se sobrepor às ideias do FEMINISMO que
encara uma guerra sexista entre homens e mulheres.
Os homens e mulheres poderão evoluir a tal
ponto de deixarem de se procurar como sexos opostos e sim como irmãos.
Preliminarmente, devemos esclarecer o que
seja o movimento G L B T, envolvendo GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS,
TRANSEXUAIS E TRANSGÊNEROS.
Gays: pessoas que sentem atração por outras
do mesmo sexo. Lésbicas: também sentem atração por pessoas do mesmos
sexo.
Travestis: homens que se vestem e agem como mulheres, sexo com o qual são identificados.
Bissexuais: homens e mulheres que sentem
atração e se relacionam com pessoas de ambos os sexos.
Transexuais: pessoas que não se identificam
com o seu sexo de nascimento e desejam mudar de gênero com ajuda medica (cirurgias
por exemplo).
Transgeneros: envolvem grupos de pessoas
variadas que não se identificam com o sexo de nascimento e desejam fazer uma
transição de gênero.
Heterossexual: pessoas que sentem atração por
outras do sexo oposto, conceito do sec. XIX e que abrange a maioria dos
relacionamentos, ditado pela moral, costumes e religião.
Os defensores da discussão na escolas do
TERMO GENERO afiram que ele tem base científica. Os opositores, muitos dos quais moralistas, alegam que não
passa de uma ideologia.
Discutir gênero é mostrar que pode existir
igualdade e respeito na sociedade e nas escolas, acabando com os ódios e
preconceitos existentes. Hoje se pode definir tarefas de casas para meninos e
meninas sem causar traumas neles.
Para se ter uma ideia da gravidade do
problema temos o exemplo do menino ALEX, com 8 anos de idade, morto após uma surra
do pai, ignorante e homofóbico, porque gostava de lavar louça e dança do
ventre.
Igualdade de gêneros não significa anular as
diferenças percebidas entre os indivíduos.
A violência contra as mulheres está
generalizada no mundo, nas escolas, nas
redes sociais, no Whatassap, sendo que este último tem uma lista TOP 10 onde as
meninas são chamadas de “piranhas”, “vadias”, e outros xingamentos, muitas das
quais não resistem à pressão e praticam suicídio. Por isso a importância do
movimento FEMINISTA, que luta pela libertação, pela igualdade e pelos direitos
iguais das mulheres na sociedade. Em 2014 houve registro de 52.957 de casos de
Violências Contra As mulheres, sendo que na última década houve 44.000 mortes
de mulheres no Brasil.
Esse ódio e esse preconceito inconsequente
são transferidos para o movimentos GLBT. Os gays, lésbicas, bissexuais e
transgeneros são perseguidos e violentados desde cedo. Um garoto (Peterson) de 14 anos, foi espancado até a morte, em março de 2015, numa escola da periferia de SP só porque seus
pais eram gays. Em 2013 foram mortos 312 homossexuais no Brasil (44% dos
homicídios contra homossexuais do mundo, sendo nosso país o 1º. No ranking
mundial nesse tipo de mortes).
Todos esses problemas causam EVASÃO ESCOLAR,
com acentuado prejuízos de aprendizados para vários jovens nessa situação.
A discussão do Gênero nas escolas é prevista em
vários acordos e tratados internacionais assinados pelo Brasil e colima apenas
conscientizar os participantes das diversidades que nos constituem, respeitadas
as diferenças percebidas.
A ideia de que o homem é mais forte e
inteligente do que a mulher é um conceito machista utópicos e já desconstruídos
diversas vezes pela história.
O ódio e o preconceito contra as diferenças
não tem nada a ver com a religião. Tem a ver com a ignorância e a intolerância.
A discussão sobre o GÊNERO nas escolas, “rogata
máxima vênia”, deve existir para propiciar às crianças, desde cedo, condições
de enfrentar e se livrar desses ódios e preconceitos existentes,
propiciando-lhes uma visão e uma vida mais saudável.
Cotia, 14 de agosto de
2015.
GILBERTO BARBOSA DA
SILVA
A d v o g
a d o
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