sexta-feira, 14 de agosto de 2015

AS DIFERENÇAS DEVEM SER ESTUDAS E RESPEITAS, NÃO COMBATIDAS.

                               DISCUSSÃO  SOBRE  GÊNERO  E O  G L B T

                        Está em discussão nas Câmaras Municipais o tema sobre GÊNERO para elaboração do Plano Municipal de Educação. Esse debate é muito profundo porque envolve aspectos universais, culturais, sociais, políticos, classe social, raça, etnia, geração,  devendo se sobrepor às ideias do FEMINISMO que encara uma guerra sexista entre homens e mulheres.
                        Os homens e mulheres poderão evoluir a tal ponto de deixarem de se procurar como sexos opostos e sim como irmãos.
                        Preliminarmente, devemos esclarecer o que seja o movimento G L B T, envolvendo GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS, TRANSEXUAIS E TRANSGÊNEROS.
                        Gays: pessoas que sentem atração por outras do mesmo sexo.   Lésbicas:  também sentem atração por pessoas do mesmos sexo.
                        Travestis: homens que se vestem e agem como  mulheres, sexo com o qual são identificados.
                        Bissexuais: homens e mulheres que sentem atração e se relacionam com pessoas de ambos os sexos.
                        Transexuais: pessoas que não se identificam com o seu sexo de nascimento e desejam mudar de gênero com ajuda medica (cirurgias por exemplo).
                        Transgeneros: envolvem grupos de pessoas variadas que não se identificam com o sexo de nascimento e desejam fazer uma transição de gênero.
                        Heterossexual: pessoas que sentem atração por outras do sexo oposto, conceito do sec. XIX e que abrange a maioria dos relacionamentos, ditado pela moral, costumes e religião.
                        Os defensores da discussão na escolas do TERMO GENERO afiram que ele tem base científica. Os opositores,  muitos dos quais moralistas, alegam que não passa de uma ideologia.
                        Discutir gênero é mostrar que pode existir igualdade e respeito na sociedade e nas escolas, acabando com os ódios e preconceitos existentes. Hoje se pode definir tarefas de casas para meninos e meninas sem causar traumas neles.
                        Para se ter uma ideia da gravidade do problema temos o exemplo do menino ALEX, com 8 anos de idade, morto após uma surra do pai, ignorante e homofóbico, porque gostava de lavar louça e dança do ventre.
                        Igualdade de gêneros não significa anular as diferenças percebidas entre os indivíduos.
                        A violência contra as mulheres está generalizada no mundo, nas escolas,  nas redes sociais, no Whatassap, sendo que este último tem uma lista TOP 10 onde as meninas são chamadas de “piranhas”, “vadias”, e outros xingamentos, muitas das quais não resistem à pressão e praticam suicídio. Por isso a importância do movimento FEMINISTA, que luta pela libertação, pela igualdade e pelos direitos iguais das mulheres na sociedade. Em 2014 houve registro de 52.957 de casos de Violências Contra As mulheres, sendo que na última década houve 44.000 mortes de mulheres no Brasil.
                        Esse ódio e esse preconceito inconsequente são transferidos para o movimentos GLBT. Os gays, lésbicas, bissexuais e transgeneros são perseguidos e violentados desde cedo. Um  garoto (Peterson) de 14 anos,  foi espancado até a morte, em março de 2015,  numa escola da periferia de SP só porque seus pais eram gays. Em 2013 foram mortos 312 homossexuais no Brasil (44% dos homicídios contra homossexuais do mundo, sendo nosso país o 1º. No ranking mundial nesse tipo de mortes).
                        Todos esses problemas causam EVASÃO ESCOLAR, com acentuado prejuízos de aprendizados para vários jovens nessa situação.
                        A discussão do Gênero nas escolas é prevista em vários acordos e tratados internacionais assinados pelo Brasil e colima apenas conscientizar os participantes das diversidades que nos constituem, respeitadas as diferenças percebidas.
                        A ideia de que o homem é mais forte e inteligente do que a mulher é um conceito machista utópicos e já desconstruídos diversas vezes pela história.
                        O ódio e o preconceito contra as diferenças não tem nada a ver com a religião. Tem a ver com a ignorância e a intolerância.
                        A discussão sobre o GÊNERO nas escolas, “rogata máxima vênia”, deve existir para propiciar às crianças, desde cedo, condições de enfrentar e se livrar desses ódios e preconceitos existentes, propiciando-lhes uma visão e uma vida mais saudável.
                                               Cotia, 14 de agosto de 2015.

                                               GILBERTO BARBOSA DA SILVA          

                                                           A d v o g a d o

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