sexta-feira, 17 de abril de 2015

LIXO RECICLÁVEL.

                                              LEIS  PARA  INGLÊS  VER
                        Desde 1850,  quando o Brasil imperial promulgou a Lei que proibia o comércio de escravos no país, tomando essa atitude por pressão dos ingleses, temos a fama de editar leis  que “não pegam”, ou que são letras mortas e não são cumpridas, isso porque apesar daquela lei citada o comércio de escravos continuou a correr solto em terras brasileiras  ainda por vários anos.
                        Na semana passada entrou em vigor  a chamada  “Lei das Sacolinhas”, que obriga os supermercados a fornecer sacolinhas de cores verde e cinza, destinadas essas à separação do lixo reciclável a primeira e para lixo orgânico a segunda.
                        Todavia, como de outras vezes, o Poder Público quer resolver os problemas editando leis, mas não tem a preocupação de realizar um trabalho educativo antes. Deveria promover através da mídia um trabalho esclarecedor à população antes de obrigar ao uso das sacolinhas mencionadas.
                        Além disso, não existe uma coleta de lixo seletiva para separar esse material recolhido das casas. Caso houvesse esse coleta  seletiva o material poderia ser reciclado e reaproveitado, como acontece em várias partes do mundo, através de cooperativas e trabalhos específicos do setor, que emprega milhões de pessoas ao redor do mundo.
                        Se os nossos administradores públicos tivesses um pouco mais de visão e de responsabilidade poderiam perceber o potencial que existe por trás desse segmento, que poderia ser melhor explorado e minimizar os problemas sociais existente no Brasil.
                        Só na América Latina 4 milhões de pessoas ganham o sustento da família trabalhando com reciclagem. Nos EUA 34 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas por ano. No Brasil  1/3 dos alimentos também vai para o lixo, material esse que pode ser reaproveitado de diversas formas, como combustível, ou como adubo, por exemplo, bastando para isso tecnologia e programação a respeito.
                        Está na hora de começarmos a fazer as coisas da forma correta, ou seja, primeiro se educa, depois se fornece os meios para que as coisas possam ocorrer, e somente depois é que se cobra algum resultado a respeito.
                        Não podemos colocar os carros na frente dos bois, mais uma vez, ou “fazer leis para inglês ver”.
                                   Cotia, 17 de abril de 2015.

                                   GILBERTO BARBOSA DA SILVA
                                               A d v o g  a d o

                        

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