quinta-feira, 9 de maio de 2013

TERRORISMO E DIREITOS HUMANOS

U S A    X   GUANTÁNAMO

          O Presidente Barack Obama  deve estar num dilema muito profundo entre respeitar os direitos humanos que seu país tanto defende e fechar a prisão de Guantánamo, onde dezenas de prisioneiros estão presos há vários anos sem culpa formada, configurando uma latente violação daqueles direitos.
              O Presidente Obama demonstra vontade de fechar aquela prisão desde desde a campanha presidencial de 2008, mas vem enfrentando forte oposição de políticos de ambos os partidos, o democrata e o republicano.
                Os defensores da manutenção da prisão cubana alegam que se os prisioneiros forem soltos representarão sério perigo à segurança nacional do país (USA) e não deixam de ter razão.
                Do outro lado estão os defensores dos direitos humanos afirmando que a situação do cárcere na ilha de Cuba é insustentável e deve terminar o quanto antes, até para resgatar a credibilidade, a confiança e a simpatia do povo americano.
                É uma situação realmente muito difícil, ainda mais porque alguns querem que aqueles presos sejam julgados nos USA por tribunais civis e outros querem que eles sejam julgados por militares, não chegando a um acordo a respeito.
              Uma coisa não se pode negar, ou seja, o direito aos americanos de tentar se proteger de todas as formas após a tragédia de 11/09/2001, onde quase três mil inocentes perderam a vida estupidamente. Todavia, terão que achar meios para fazê-lo de forma a não desrespeitar os direitos fundamentais do ser humano.
               Os USA já deram vários exemplos de democracia e respeito aos direitos humanos universais, o último deles e um dos maiores foi a  própria eleição do Presidente Barack Obama, um negro e com nome de conotação islâmica, superando todos os preconceitos possíveis e imagináveis.
               Não temos o direito de nos imiscuir nos problemas de lá, mas como cidadãos  concordamos com o Presidente Obama que o melhor seria fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba, para que os USA pudesse voltar à sua condição de um  dos maiores defensores dos direitos humanos no mundo, sem poder ser acusado de hipocrisia.
                Muitas vezes é difícil conciliar direitos humanos e a defesa do bem estar geral da população. Aqui ocorre um  dilema parecido, onde alguns pretensos defensores dos direitos humanos somente gritam quando o direito dos marginais são violados, não o fazendo quando os direitos à vida, à integridade física e moral, o direito à propriedade, o direito à liberdade de ir e vir do cidadão de bem é violado, direitos esses que são cruel e brutalmente desrespeitados todos os dias no Brasil.
                   Existe muita politicagem barata a respeito e uma preocupação com votos. Preso não vota e por isso não há preocupação em se construir novos presídios. Um dos argumentos em não se aumentar as penas para os menores infratores e que não haveria lugar adequado para colocá-los.
                   Essas atitudes demonstram a insensibilidade que permeia no meio político, sendo o mesmo que colocar  a  raposa para tomar conta do galinheiro. O que não estão querendo enxergar é que a situação é uma bola de neve que um dia vai estourar. E vai atingir quem?  Vai atingir o cidadão comum, aquele do bem, que trabalha e contribui para o desenvolvimento do país. A "contrario sensu" irá favorecer os marginais que em nada contribuem para o bem da nação e que estão sendo beneficiados por um sistema "frouxo" (Vide Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do STF) e que fica cada vez mais frouxo, baseado nos argumentos dos pretensos defensores dos direitos humanos já citados.
                    Mais um exemplo atual vindo dos USA foi o arbitramento da fiança do sequestrador que manteve três mulheres presas por mais de uma década, fiança essa de OITO MILHÕES DE DÓLARES, pois não há dinheiro que pague o sofrimento infligido àquelas vítimas, nem que supere as sequelas deixadas em seus âmagos.
                   Deveríamos refletir mais sobre isso e exigir outra postura de nossos representantes eleitos, para preservação da nossa própria sociedade, pois, como disse uma grande personalidade mundial no início do sec. XX: "quando começamos a tirar de quem produz para dar a quem nada produz, é o começo do fim".

                                                                  Cotia,  09/maio/2013.

                                                         GILBERTO BARBOSA DA SILVA
                                                                        A D V O G A D O

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