COMBATE À
CORRUPÇÃO
Ontem o
Estadão noticiou que um deputado do Mato
Grosso alterna a secretaria e a presidência da Assembleia Legislativa de lá há quase duas décadas, apesar de responder na
justiça a 100 (cem) processos por improbidade administrativa
!?!?!?
Informa também que 10 (dez) juízes
foram aposentados compulsoriamente por irregularidades, as quais não foram
especificadas.
Diz ainda que o CNJ pediu informações
específicas para saber porque os processos envolvendo o deputado “não andam” e para tomar as providências
cabíveis a respeito.
Hoje o mesmo Estadão informa que o
Ceará é o campeão de presos por corrupção, tendo 820 presos nessa condição,
cerca de 30% do total brasileiro de presos por corrupção que é de 2703, sendo
que esse combate mais efetivo começou há cerca de dois anos naquele Estado da
federação.
Com
esse total de presos o Ceará prende nove vezes mais corruptos do que os demais estados do Brasil.
São Paulo tem 778 presos por
corrupção, todavia a metade está presa por contrabando e não especificamente
por corrupção. Por aí se tem uma ideia do que significa o número de presos no
Ceará e que SP tem que trabalhar muito mais para reverter sua situação de
um dos mais ineficientes no combate à
corrupção e à impunidade.
Para atingir o mesmo índice do CE os demais estados deveriam
aumentar muito o seu combate à corrupção. O Rio de Janeiro teria que prender
onze vezes mais corruptos do que o número atual. O Maranhão deveria prender 27
vezes mais, a Bahia 52 vezes mais, o Rio Grande do Norte 105 vezes mais. O
Estado de Sergipe teria que começar a prender corruptos, isso porque não consta
das estatísticas presos nessa condição naquele Estado.
Quando abordamos esse tema temos que
salientar alguns aspectos. Se a corrupção continua porque há impunidade a
respeito é porque alguma coisa não está funcionando como deveria, ou a
investigação não foi bem feita, ou a instrução criminal deixou a desejar, ou o
processo respectivo “não anda”. De qualquer
forma providências devem ser tomadas a respeito e para tanto tem que
haver vontade política para isso, tem que haver uma mobilização da sociedade
nesse sentido, tem que haver um esforço conjunto e uma mudança radical na
postura de todos e em tudo que cerca essas circunstâncias.
Parece que o Conselho Nacional de
Justiça deu um grande passo nessa direção e para restabelecer a moral e os bons
costumes que tanto desejamos.
Cotia,
05/maio/2013.
GILBERTO
BARBOSA DA SILVA
A
D V O G A D O
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