domingo, 17 de novembro de 2013

O COMEÇO DO FIM DA IMPUNIDADE DOS PODEROSOS ???

                     POLÍTICOS PRESOS  OU  PRESOS POLÍTICOS

            Em qualquer país sério, de primeiro mundo, a Suprema Corte é considerada o último baluarte moral da sociedade. Aqui no Brasil não deve ser diferente.
            No caso do julgamento do mensalão (de um bem elaborado esquema de corrupção política, que usava dinheiro público para corromper parlamentares, colimando manter o poder indefinidamente), o Supremo Tribunal Federal, após o devido processo legal, condenou 25 dos acusados à penas privativas de liberdade.
            Sem entrar em maiores detalhes, na apuração dos fatos algumas perguntas deveriam ser respondidas (e o foram): 1-a quem interessavam e favoreciam os atos de corrupção? 2-seriam eles possíveis sem a aquiescência dos detentores do poder (Teoria do Domínio do Fato)? 3-a lei diz que quando reúnem-se quatro o mais infratores para a prática de crime está estabelecida uma quadrilha (ou bando) (não distinguindo entre a condição social dos participantes)?
            Os acusados tiveram direito à ampla defesa, tanto isso é verdade que o julgamento ocorreu oito anos após os fatos denunciados, durou mais de um ano, e todos os recursos possíveis foram usados (inclusive os Embargos Infringentes), mas mesmo assim eles foram considerados culpados e condenados de acordo com a lei e pela mais alta Corte do país.
            Alguns ficaram indignados com os gestos de dois dirigentes partidários (braço levantado e punho cerrado, em sinal de luta) e com suas declarações de “eram presos políticos”. Talvez, isso demonstre o desespero de causa perdida (“jus esperniandi”).
            A realidade é que o povo brasileiro está mais aliviado e um pouco mais confiante de que a decisão e a coragem de um homem (do digno Presidente do STF) possa significar o início do fim da impunidade para os ricos e poderosos.
            Todavia, a sociedade tem que fazer sua parte e o momento mais adequado está próximo, que são as eleições de 2014. O eleitor deve ter mais consciência cidadã e analisar a conduta dos candidatos. Nós sabemos que isso é difícil, isso porque não temos muitas escolhas, porque o sistema é que está corrompido e não temos um a oposição efetiva, não temos projetos sérios e que visem realmente o bem estar comum.
            Mas isso faz parte da verdadeira democracia. Nós devemos aprender com nossos erros e jamais esquecer que a melhor arma contra políticos corruptos ainda é a pressão popular,  através de protestos e manifestações pacíficas e ordeiras (sem violência e sem Black Blocs).
                                               Cotia, 17 de novembro de 2013.

                                               GILBERTO BARBOSA DA SILVA
                                                           A d v o g a d o
                                               Email: gbs.1977@hotmail.com




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