“PIADA DE
SALÃO”
Quando
surgiu o escândalo do “mensalão” e a possibilidade de seus autores irem a
julgamento, um de seus membros mais
ilustres, Delúbio Soares, Tesoureiro do
PT, em tom de deboche disse: “isso vai
virar piada de salão”.
Com a
aceitação dos chamados Embargos Infringentes e o reexame das condenações dos
réus que tiveram quatro votos favoráveis à absolvição, isso pode tornar-se uma
triste realidade.
O brilhante
decano do STF, em seu voto de minerva, que desempatou o placar de 5 votos a favor e
cinco votos contra esses recursos, fez uma longa dissertação sobre os motivos
técnicos e jurídicos a embasar sua decisão, os quais, todavia, vão de encontro
aos anseios populares.
Sua Exa. disse
que os Ministros do Supremo Tribunal Federal devem julgar com independência,
livres de pressões da população e da mídia em geral. Eu concordo plenamente com
ele, mas peço vênia para acrescentar que eles devem julgar também livres da
pressão política, que talvez seja a mais forte, embora invisível.
A grande
realidade é que o povo está triste, decepcionado, pois acreditava que agora a
máxima de que “cadeia não foi feita para os poderosos (com muito dinheiro)”,
seria derrubada, E não foi desta vez.
Uma Nação
é formado por alguns fatores, mas uma Nação Forte é formada, principalmente,
por seu território e seu povo, além
de valores imutáveis que devem ser preservados e respeitados.
O povo é
desrespeitado pelos governos (Poder Executivo), bastando para comprovar isso
verificar a péssima qualidade dos Serviços Públicos colocados à sua disposição,
apesar dos escorchantes impostos que pagamos.
O Poder
Legislativo também “está se lixando” para a opinião pública, como já disse a
um entrevistador da TV um nobre deputado
federal. Além disso comprovou esse desdém ao manter o mandato de um deputado
presidiário.
Como bem
disse um respeitado membro do STF, um
colega novato, além de criticar as decisões da Suprema Corte no caso do “mensalão”
ainda elogiou um dos réus em plenário !
Alguns dizem
que na composição atual do STF a maioria foi indicada pelo PT e que isso
poderia influenciar no veredito. Eu não
acredito nisso, esperando, como a população em geral, que na apreciação dos
Embargos Infringentes prevaleça o bom senso, o equilíbrio, e, principalmente, a
independência mencionada pelo decano do STF.
Esse problema
não é privilégio do Brasil, ele ocorre no mundo inteiro desde o começo dos
tempo. O nosso problema particular é acabar com a IMPUNIDADE.
Para isso precisamos acabar com a nossa ignorância e letargia com relação
ao que significa realmente CIDADANIA.
SP:
19 de setembro de 2013.
GILBERTO
BARBOSA DA SILVA
A
d v o g a d o
Email:
gbs.1977@hotmail.com
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