O  SILÊNCIO  DOS  INOCENTES

            O Águia de Haia Rui Barbosa já dizia no início do sec. XX: “não me preocupo tanto com o barulho dos homens maus, mas principalmente com o silêncio dos homens de bem”. Nesses casos a omissão é muito mais danosa do que a ação.

            No Brasil de hoje, principalmente de alguns anos para cá, o que ocorre é justamente isso. Um partido aparelhando o Estado para se perpetuar no poder, usando de todos os meios (lícitos e ilícitos) para justificar o fim a ser alcançado, sem oposição, seja ela política ou efetiva, realizada através de manifestações pacíficas para pressionar os representantes do povo que são eleitos pelo povo e para que trabalhem a favor da nação, não a favor de seus interesses escusos.

            O que se percebe é uma inércia  quase total da sociedade que assiste a tudo em estado letárgico, sem reagir, sentindo-se impotente, principalmente diante de tanta  corrupção  e  impunidade  reinante.

            Mas parece que as coisas estão começando a mudar, isso podendo-se observar a partir das manifestações de rua de junho de 2013.  Elas continuam até hoje e parecem que não vão dar trégua, principalmente com a aproximação da Copa do Mundo de Futebol.

            Isso é interessante porque derruba o velho estilo imperialista e populista de manipulação das massas, desde a era romana,   com o famoso: “pão  e  circo”.

            No Brasil pão pode ser aquilatado como as famosas ‘BOLSAS” distribuídas pelo governo, e o circo pode ser relacionado ao carnaval e ao futebol.

            Mas dá para perceber que o povo já cansou dessa manipulação hipócrita quando exige: ESCOLAS E HOSPITAIS PADRÃO FIFA.

            Um país que gasta 30 Bilhões de reais (mais dos que as três ultimas copas juntas) e não oferece carteiras a banheiros em suas escolas rurais e muito menos leitos decentes em hospitais públicos, cujo sistema de saúde além de falido é revoltante e criminoso, não pode ser visto como uma maravilha e merece todas as críticas internacionais que vem recebendo.

            Só há um jeito de mudar isso, é pelo voto, e cada um de nós tem o dever de fazer o seu papel conscientizando o seu semelhante, seja ele quem for, seja da maneira que for. Isso chama-se DEMOCRACIA.

                                               SP.14/maio/2014.

                                               GILBERTO BARBOSA DA SILVA

                                                           Ad v o g a d o

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