sábado, 12 de abril de 2014

A HISTÓRIA DEVE SER REVISTA COM IMPARCIALIDADE


                        DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

            Na década de 1960 o comunismo dominava muitos países na Europa, Ásia, América, e estava tentando dominar o Brasil, promovendo anarquia, greves e insubordinação, fatos que foram observados por quem vivia na época, e eu era um deles.
            Os Ditadores estavam na moda, deitavam e rolavam, o terrorismo imperava, tanto da parte do estado, como da sociedade civil, atos violentos,  atentados a  bomba, assaltos a banco, sequestros, praticados por “guerrilheiros” subversivos que desencadeavam uma repressão brutal pelas forças de segurança.
            Nesse clima aconteceu  a Revolução de 1964. Havia duas correntes entre os  militares: a do general Castelo Branco, progressista, que defendia um governo de transição breve e a volta do poder aos civis em 1965, com eleições para Presidente da República, com candidatos em potencial como Carlos Lacerda, Juscelino Kubischek e Leonel Brizola, cunhado de Jango. A outra corrente, defendida pelo General Costa e Silva, era “da linha dura”, que defendia uma intervenção militar mais duradoura, motivada pelos radicais extremistas de esquerda, treinados em Cuba, que praticavam atos terroristas com violência e mortes.
            Já naquele tempo havia corrupção e a preparação de um golpe de dentro do sistema democrático para extingui-lo de vez, ideologia extrema da esquerda.
            Até outubro de 1965 o Regime Militar cassou  os direitos políticos de 289 pessoas. O Ato Institucional no.2 extinguiu os Partidos Políticos, interferiu no poder Judiciário e tornou as eleições para Presidente da República  indiretas.
            Em dezembro de 1968, em razão da violência reinante e por causa de 19 assassinatos promovidos pela extrema esquerda armada, foi decretado o Ato Institucional no. 5, determinando “a linha dura” militar uma verdadeira guerra contra o terror e contra os atos subversivos. A partir daí a situação fugiu totalmente de controle, havendo excessos de ambas as partes, levando a duração do regime de exceção a 21 anos.
            Segundo estatísticas, a esquerda armada matou 119 pessoas, os militares 429 “guerrilheiros” (segundo os esquerdistas, segundo os militares foram “terroristas”). Hoje em dia morrem mais pessoas em apenas dois dias do que os mortos pelos militares naquela época.
            Hoje 40.300 pessoas recebem indenizações “por que seriam vítimas da ditadura militar”, todos da esquerda, num total de 3,4 bilhões de reais.
            PERGUNTA: porque os 119 mortos pela esquerda armada não recebem indenizações? Porque são da direita ??
            Houve excessos e crimes praticados pelos militares e pela esquerda, porque então as Comissões da Verdade só apuram um lado da história ???
            Somos contra torturas, mortes, “desaparecimentos”, mas também somos contra morte de inocentes que  nada tinham a ver com a baderna reinante no país naquela época e que perderam a vida sem mesmo saber o por quê.
            NÃO PODE HAVER DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS. A JUSTIÇA DEVE SER CEGA E NÃO PENDER PARA LADO ALGUM.
                                               SP: 12 de abril de 2014.

                                               GILBERTO BARBOSA DA SILVA
                                                            A d v o g a d o

                                               Email: gbs.1977@hotmail.com

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