DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
Na década de
1960 o comunismo dominava muitos
países na Europa, Ásia, América, e estava tentando dominar o Brasil, promovendo
anarquia, greves e insubordinação, fatos que foram observados por quem vivia na
época, e eu era um deles.
Os Ditadores
estavam na moda, deitavam e rolavam, o terrorismo imperava, tanto da parte do
estado, como da sociedade civil, atos violentos, atentados a
bomba, assaltos a banco, sequestros, praticados por “guerrilheiros”
subversivos que desencadeavam uma repressão brutal pelas forças de segurança.
Nesse clima
aconteceu a Revolução de 1964. Havia duas
correntes entre os militares: a do general
Castelo Branco, progressista, que defendia um governo de transição breve e a
volta do poder aos civis em 1965, com eleições para Presidente da República,
com candidatos em potencial como Carlos Lacerda, Juscelino Kubischek e Leonel Brizola,
cunhado de Jango. A outra corrente, defendida pelo General Costa e Silva, era “da
linha dura”, que defendia uma intervenção militar mais duradoura, motivada pelos
radicais extremistas de esquerda, treinados em Cuba, que praticavam atos terroristas
com violência e mortes.
Já naquele
tempo havia corrupção e a preparação de um golpe de dentro do sistema
democrático para extingui-lo de vez, ideologia extrema da esquerda.
Até outubro
de 1965 o Regime Militar cassou os
direitos políticos de 289 pessoas. O Ato Institucional no.2 extinguiu os
Partidos Políticos, interferiu no poder Judiciário e tornou as eleições para
Presidente da República indiretas.
Em
dezembro de 1968, em razão da violência reinante e por causa de 19 assassinatos
promovidos pela extrema esquerda armada, foi decretado o Ato Institucional no.
5, determinando “a linha dura” militar uma verdadeira guerra contra o terror e
contra os atos subversivos. A partir daí a situação fugiu totalmente de
controle, havendo excessos de ambas as partes, levando a duração do regime de
exceção a 21 anos.
Segundo
estatísticas, a esquerda armada matou 119 pessoas, os militares 429 “guerrilheiros”
(segundo os esquerdistas, segundo os militares foram “terroristas”). Hoje em
dia morrem mais pessoas em apenas dois dias do que os mortos pelos militares
naquela época.
Hoje 40.300
pessoas recebem indenizações “por que seriam vítimas da ditadura militar”,
todos da esquerda, num total de 3,4 bilhões de reais.
PERGUNTA:
porque os 119 mortos pela esquerda armada não recebem indenizações?
Porque são da direita ??
Houve
excessos e crimes praticados pelos militares e pela esquerda, porque então as
Comissões da Verdade só apuram um lado da história ???
Somos contra
torturas, mortes, “desaparecimentos”, mas também somos contra morte de
inocentes que nada tinham a ver com a
baderna reinante no país naquela época e que perderam a vida sem mesmo saber o
por quê.
NÃO PODE HAVER DOIS PESOS E DUAS
MEDIDAS. A JUSTIÇA DEVE SER CEGA E NÃO PENDER PARA LADO ALGUM.
SP:
12 de abril de 2014.
GILBERTO
BARBOSA DA SILVA
A d v o g a d o
Email:
gbs.1977@hotmail.com
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