terça-feira, 19 de agosto de 2014

                                                              QUESTÃO  ÉTICA

                Há alguns dias li no jornal que havia falecido um  dos militares americanos que jogara a bomba atômica sobre Hiroshima, no Japão, ao final da 2ª. Guerra Mundial. Ele dizia que estava tranquilo e que não sentia remorsos. Esse detalhe chamou a minha atenção. Como podia sentir-se bem alguém que provocou a morte de  milhares de pessoas inocentes.
                A resposta pode estar escudada na MORAL  e  na  ÉTICA.
                A moral é formada por regras de conduta e varia de acordo com as circunstâncias, o lugar, o tempo, e outros fatores, como a educação, a  condição social,  o interesse, etc.
                A ética significa ação, conduta destinada a garantir direitos e o bem estar do ser humano. No caso de Hiroshima os militares americanos escudavam-se na justificativa de poupar milhares de vidas americanas que seriam  ceifadas na continuidade da luta convencional.
                 Quem estaria com a razão, os militares americanos, ou os obstinados soldados japoneses que não queriam a rendição incondicional do Japão, mesmo contra a orientação de seu Imperador, baseados em seus valores morais e em sua ética ancestral.
                Se tomarmos exemplos mais atuais, como o caso do Oriente Médio, envolvendo a luta entre árabes e judeus, a luta na Síria, no Iraque, chegaremos à conclusão que o que determina o que pode estar certou, ou errado, é justamente a moral e a ética.
                O que pode estar certo para alguns, pode ser totalmente errado para outros.
                Para podermos analisar com bom senso e equilíbrio os fatos apresentados teremos que conhecer a história dos mesmos, seus antecedentes e fundamentos. Não podemos nos deixar levar por paixões e argumentos fúteis, muito pelo contrários, devemos analisar profundamente as razões do conflito para que possamos chegar a um consenso.
                Se analisarmos a situação da ONU nessas questões complexas apresentadas iremos concluir que ela não é nada fácil, justificando, talvez, a omissão que ocorre muitas vezes por parte desse organismo que deveria lutar pela paz e harmonia mundial.
                Infelizmente, o que prevalece no mundo para o ser humano não é a ética e sim o seu interesse, seu egoísmo e sua ambição, não importando os meios porque os fins são justificados, principalmente quando há algum interesse financeiro em jogo.


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