QUESTÃO ÉTICA
Há
alguns dias li no jornal que havia falecido um
dos militares americanos que jogara a bomba atômica sobre Hiroshima, no
Japão, ao final da 2ª. Guerra Mundial. Ele dizia que estava tranquilo e que não
sentia remorsos. Esse detalhe chamou a minha atenção. Como podia sentir-se bem
alguém que provocou a morte de milhares
de pessoas inocentes.
A
resposta pode estar escudada na MORAL
e na ÉTICA.
A
moral é formada por regras de conduta e varia de acordo com as circunstâncias,
o lugar, o tempo, e outros fatores, como a educação, a condição social, o interesse, etc.
A
ética significa ação, conduta destinada a garantir direitos e o bem estar do
ser humano. No caso de Hiroshima os militares americanos escudavam-se na
justificativa de poupar milhares de vidas americanas que seriam ceifadas na continuidade da luta
convencional.
Quem estaria com a razão, os militares
americanos, ou os obstinados soldados japoneses que não queriam a rendição
incondicional do Japão, mesmo contra a orientação de seu Imperador, baseados em
seus valores morais e em sua ética ancestral.
Se
tomarmos exemplos mais atuais, como o caso do Oriente Médio, envolvendo a luta
entre árabes e judeus, a luta na Síria, no Iraque, chegaremos à conclusão que o
que determina o que pode estar certou, ou errado, é justamente a moral e a
ética.
O
que pode estar certo para alguns, pode ser totalmente errado para outros.
Para
podermos analisar com bom senso e equilíbrio os fatos apresentados teremos que
conhecer a história dos mesmos, seus antecedentes e fundamentos. Não podemos
nos deixar levar por paixões e argumentos fúteis, muito pelo contrários,
devemos analisar profundamente as razões do conflito para que possamos chegar a
um consenso.
Se
analisarmos a situação da ONU nessas questões complexas apresentadas iremos
concluir que ela não é nada fácil, justificando, talvez, a omissão que ocorre
muitas vezes por parte desse organismo que deveria lutar pela paz e harmonia
mundial.
Infelizmente,
o que prevalece no mundo para o ser humano não é a ética e sim o seu interesse,
seu egoísmo e sua ambição, não importando os meios porque os fins são
justificados, principalmente quando há algum interesse financeiro em jogo.
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