sexta-feira, 14 de março de 2014

COMO SE MUDA UMA NAÇÃO

              COMO MUDAR A SITUAÇÃO DE CAOS DO BRASIL

            Montesquieu idealizou a divisão tripartida dos Poderes colimando, entre outras coisas, que houvesse equilíbrio, respeito, eficiência e que cada qual cumprisse suas funções com honestidade e ética, com harmonia e independência entre eles.
            A nossa Constituição diz que nenhuma lesão ou ameaça a direitos poderá ser excluída da apreciação do Poder Judiciário que, até bem pouco tempo era detentor de uma credibilidade bem acima dos demais Poderes.
            O que vemos diariamente estampadas na mídia em geral são violações aos nossos direitos fundamentais, como direito à uma vida digna, direito a um sistema de educação, de saúde e de segurança eficientes e ao alcance do povo, direito ao trabalho, ao lazer,a um sistema de transporte coletivo que funcione, direitos esses que são as bases de uma sociedade democrática de primeiro mundo, mas que aqui são os mais  vilipendiados e desrespeitados, de uma forma criminosa, cruel e revoltante.
            O nossos sistema tributário é o mais caro do mundo, mas a contrapartida que são os serviços públicos que devem ser colocados à disposição da sociedade são de terceiro mundo, agravados nos últimos anos por uma má administração, que além de ineficiente é demagógica e populista, causando danos terríveis para o futuro do país. Além de tudo isso ocorre essa   corrupção/impunidade   reinante que, além de causar revolta e indignação do povo, principalmente pela desfaçatez com que agem os políticos, com raras exceções, dilapidam o patrimônio público e o nosso dinheiro.
            O sistema político está corrompido. O Poder Executivo além de superfaturar obras e de sua ineficiência propalada, não consegue maiores resultados também pela pressão do Poder Legislativo que cobra cargos no governo onde possa ter visibilidade e obter vantagens, como cargo de Ministros, de Presidentes de Estatais como a Petrobrás e outras.
            Em razão desse sucateamento de cargos no governo e do sistema “toma lá da cá”, que teria sido idealizado há décadas por uma ilustre e muito conhecido político  nordestino, o Brasil não cresce e o nosso dinheiro é jogado no ralo.
            A última esperança era o Poder Judiciário (STF), que detinha a credibilidade do povo em geral, até o famigerado caso do “MENSALÃO”, onde ficou latente que o “aparelhamento” do Estado que está sendo desenvolvido, diga-se de passagem, com muita eficiência, está acabando com a crença deste país continental e implantando, sorrateiramente, um sistema populista (socialista) com um futuro  imprevisível e com danos profundos, mas esperamos que não sejam irreparáveis.
            A única forma de mudar tudo isso sem  violência e uma revolução na cultura do povo, ou seja, um sistema de educação competente que possa incutir no povo uma consciência do que seja cidadania, para acabar com os cerca de cem milhões de analfabetos funcionais que existem no Brasil e que são justamente os que elegem esses maus políticos que aí estão. Devemos acabar com esses “currais eleitorais” que existem por aí,mas isso não interessa ao sistema corrupto que se locupleta às nossas custas há décadas .
            Contra tudo isso são realizadas manifestações e passeatas, pela sociedade civil, desde junho do ano passado, em todo o Brasil.  Os militares, através de alguns oficiais generais,  também já manifestaram o descontentamento das tropas
            Mudar a cultura de um povo leva gerações, por isso devemos continuar a acreditar e cobrar a eficiência do Poder Judiciário, que deve ficar acima de tudo isso, apesar de ser composto por seres humanos falhos e com suas mazelas, como todo grande organismo tem. Deve ser mudada também a forma de escolha dos componentes do STF para que esse tenha mais independência para combater a corrupção e a impunidade. Outro grande aliado da sociedade descrente e carente que aí está pode ser o Ministério Público, organismo que desde a Constituição de 1988 vem sendo organizado e aparelhado, com poderes de interferência em todos os segmentos da comunidade, para defesa dos direitos individuais e coletivos, específicos ou difusos.
            Um exemplo prático de como a atitude de algumas pessoas de caráter e de fibra podem mudar essa letargia moral reinante foi dado pelo procurador Geral da República e pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, acompanhado por alguns de seus pares.
            A história universal está repleta de exemplos de atitudes de pessoas que mudaram o mundo com suas atitudes positivas e corajosas.
            Cada um deve fazer a sua parte  (ver a  fábula do incêndio na floresta, com as atitudes do beija-flor e do elefante).
            Eu estou fazendo a minha.
            São Paulo, 14 de março de 2014.

            GILBERTO BARBOSA DA SILV A
                        A d v o g a d o

            Email: gbs.1977@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário